Em 2005, três anos após terminar o ensino médio, estava em meus planos cursar uma faculdade e apesar de ainda não saber ao certo qual curso escolher, apenas uma coisa era certa: tinha que ser uma faculdade pública, pois, pagar um ano de cursinho pré-vestibular foi uma verdadeira batalha que apesar do valor das mensalidades não serem tão altos assim, minha situação financeira não comportaria pagar um valor muito acima dele.
Evidentemente que comecei o cursinho justamente para tentar uma faculdade pública, mas, quanto mais aula assistia, mais sentia esse sonho se distanciar, pois, via que era quase impossível aprender a quantidade de matéria que necessitaria para passar em um vestibular como o da Unicamp ou da Unesp.
Chegou certa altura do ano que percebi que deveria “atirar pra tudo que é lado”. Então, prestei vários vestibulares, concursos e o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. E foi graças a uma boa pontuação no ENEM que consegui uma bolsa de estudo integral no ProUni – Programa Universidade para Todos.
Fiz a inscrição no site e aguardei até ser selecionado. Após isso, começou outra batalha: comprovar a renda familiar. E, infelizmente, só podia fazer isso diretamente com a assistente social do setor de bolsa da Instituição, que no meu caso, era na UniFEOB – Fundação de Ensino Otávio Bastos, de São João da Boa Vista/SP.
Pensei que seria demitido do meu trabalho depois de pedir ao meu supervisor várias folgas para resolver a questão da renda. E para ajudar, havia um problema no meu cadastro e por conta disso tive que novamente faltar ao trabalho para resolver o problema diretamente com a assistente social.
Depois de ser selecionado pelo site, comprovar a renda e acertar o cadastro, só tive que efetivar a matricula e iniciar meu curso de graduação em Sistemas de Informação. Hoje, já formado e com o diploma na mão, vejo quanta coisa passou nos quatro anos de faculdade que só consegui cursar devido ao ProUni – programa de governo federal.
Fiz recentemente um calculo por cima e fiquei surpreso com o valor que teria pagado na faculdade se não fosse minha bolsa de estudos. Pagando uma média de R$ 660,00 por mês, durante quatro anos, o montante ficaria em torno de R$ 32.000,00. Convenhamos que é uma quantia considerável e pra quem não tem condições de arcar com uma dívida assim, o ProUni é uma excelente alternativa.
As regras do ENEM e ProUni estão bem mais rígidas, mas por experiência própria, eu garanto que vale a pena se esforçar (e muito) para conseguir esse tipo de bolsa. O ProUni oferece bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação em instituições privadas de educação superior. Dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública, com renda per capita familiar máxima de três salários mínimos, o ProUni seleciona seus candidatos através das notas obtidas no ENEM.
Este artigo foi escrito por Júnior Gonçalves e apareceu primeiro em http://www.neuronio20.com