Observação: A primeira versão dessa série de artigos era como o nome Katipsoi Zunontee. O nome foi alterado para Eletrikus Brasiliensis para que eu pudesse participar novamente do desafio com a mesma estrutura e estratégia.
Eletrikus Brasiliensis pensou em sair do planeta sombrio no segundo seguinte em que chegou, alguma coisa na atmosfera daquele lugar dava-lhe uma sensação de mau agouro e se não fosse pelo cansaço e fome, ele teria seguido sua intuição.
Começou então a vagar por aquele deserto sem vida a procura de um lugar para descansar e algo para comer. Depois de horas de caminhada o cenário daquele planeta começou a mudar, de uma deserto sem vida para montanhas cobertas neve e ventos gelados.
Ao longe, Eletrikus Brasiliensis, viu ao longe uma luz verde brilhante saindo na encosta da montanha, mas antes mesmo de decidir-se investigaria aquela luz ou não, uma espaçonave de terroristas intergalácticos cruzou o céu e pouso bem próximo de onde de onde emanava a luz verde brilhante. Curioso em saber o que terroristas estavam fazendo ali, Eletrikus seguiu em direção à montanha.
Chegando bem próximo da entrada da caverna de onde saia a luz, Eletrikus percebeu que somente um terrorista permaneceu na espaçonave, mas ele não estava montando vigia e foi muito fácil para Eletrikus entrar na caverna.
Dentro da caverna havia várias bifurcações que levavam a muitas galerias subterrâneas, mas de tempo em tempo a luz verde intensificava seu brilho e podia-se perceber de onde vinha. A certa altura, Eletrikus Brasiliensis começou a ouvir vozes discutindo, mas quando chegou em um amplo salão escavado na montanha, não havia ninguém ali, somente uma mesa redonda muito grande com várias rochas sobre ela e das rochas, emanava luzes de várias tonalidades de verde que ofuscavam a vista e pulsavam ritimamente como a batida de um coração.
O que você esta fazendo aqui! – exclamou uma voz atrás de Eletrikus que rapidamente se virou esperando o pior.
Para a surpresa de Eletrikus Brasiliensis, a voz atrás dele não era de um terrorista intergaláctico, mas de um homem aparentando ser um cientista a julgar pelas suas vestes. Eletrikus começou a pensar em algo para explicar-se, porém, foi interrompido pelos passos vindo na direção deles. Corre! – disse baixinho o cientista – se esconda atrás da mesa. Sem titubear, Eletrikus obedeceu a ordem e por poucos segundo os terroristas que entravam ali não o viram.
Eletrikus Brasiliensis fez o possível para entender o que eles diziam, mas um ruído agudo saia daquelas rochas cada vez que pulsavam e irradiavam mais forte a luz verde brilhante, mas a julgar pelo tom de voz dos terroristas e pelo pouco que Eletrikus pode entender, o cientista estava sendo ameaçado para realizar alguma experiência relacionada com aquelas rochas em cima da mesa. Passados alguns instantes de discussão, os terroristas foram embora e o cientista foi na direção de Eletrikus.
Antes que Eletrikus Brasiliensis disse alguma coisa, o cientista disparou em tom ameaçador: – Saia logo daqui antes que eles o encontrem.
Não posso… – começou a argumentar Eletrikus Brasiliensis, mas foi interrompido por um olhar severo do cientista.
– Essa guerra não é minha – disse o cientista enfatizando cada palavra – e eu não tenho obrigação de te ajudar. Já fiz muito salvando sua vida agora mesmo, então, vá logo embora antes que nem isso eu possa fazer.
Eletrikus Brasiliensis reconsiderou que ele não estava em posição de fazer exigências e percebeu que realmente o cientista havia salvado sua vida e por isso, decidiu que deveria mesmo ir embora.
Obrigado! – disse Eletrikus Brasiliensis dirigindo para a saída, mas antes de deixar o local, virou-se novamente e perguntou: Qual seu nome cientista?
– Jor-El, do planeta Kripton.
– Este guardião tem uma divida com você Jor-El de Kripton, algum dia irei recompensá-lo por isso.
Ao chegar na saída da caverna, Eletrikus Brasiliensis viu que a espaçonave dos terroristas já não estava mais ali, mas mesmo assim, resolveu seguir seu caminho. Andando por algumas horas na direção oposta à da montanha, ele encontrou uma parte da floresta que não estava devastada como a do outro lado. Ali, Eletrikus Brasiliensis pode repousar aos pés de uma árvore e alimentar-se de alguns frutos silvestres antes de partir e seguir sua viagem.
Este artigo foi escrito por Júnior Gonçalves e apareceu primeiro em http://www.neuronio20.com