Chega o mês de dezembro e com ele a atmosfera natalina paira no ar. Para os cristãos o Natal possui um significado muito especial, que é o nascimento de Jesus Cristo, mas independentemente de religião, o período que antecede o Ano-Novo é aguardado com muita expectativa em todo o mundo. Para algumas pessoas o Natal é quando você reúne a família em torno de uma árvore cheia de adornos e presentes, mas eu me recuso a aceitar que o seu significado seja se resuma a apenas isso.
Após ser convidado para escrever este suplemento especial de Natal comecei a relembrar como foram os meus últimos Natais. E, para minha surpresa, muitas foram as reflexões que surgiram a partir daí. Sendo assim, estou aqui para compartilhar com vocês leitores uma dessas minhas reflexões. Vamos lá…
O Natal está próximo. E podemos ver isso na televisão, no supermercado, nas lojas e nas ruas. Decoramos a nossa casa, montamos uma árvore com pisca-pisca, compramos roupa nova, embrulhamos presentes e preparamos uma super ceia para a família e amigos. Basicamente este foi o roteiro que orientou muitos dos meus Natais, e é através dele que começarei a minha reflexão.
Durante vários anos seguidos a noite de Natal da “grande família” era preparada com muita antecedência, pois a cada ano era necessário preparar um banquete ainda mais majestoso que o ano anterior. Não apenas em quantidade, mas também em variedade de iguarias que eu só tinha oportunidade de comer uma vez por ano.
Sem dúvida nenhuma era um momento do qual eu jamais poderia reclamar. Estava com pessoas que eu amava e celebrava em condições muito melhores que a maioria dos brasileiros. Entretanto, com o passar dos anos, todo aquele glamour passou a não fazer mais tanto sentido em vista de alguns fatos que ocorriam antes e durante a noite de Natal.
Os dias que antecediam a “grande noite” eram tomadas por preocupações de qual roupa vestir e qual seria o presente ideal para cada pessoa. Eu, particularmente, nunca dei importância para essas frivolidades. Contudo, as preocupações demasiadamente excessivas das pessoas ao meu redor com essas questões afetavam-me profundamente.
Durante a Ceia tudo era maravilhoso. Mas, após acabar os “comes e bebes”, alguns fatos eram certos: reclamações de que fulano ficou bêbedo e que somente voltaríamos a encontrar com beltrano no próximo ano. Este ritual natalino fez parte da minha vida durante muitos anos e, por razões que não vem ao caso mencionar, não fui mais convidado para o Natal da “grande família”.
Tenho que confessar que senti falta deste evento social e dessas pessoas nos dois anos seguintes, e passei muito tempo reclamando comigo mesmo de que o Natal era incrivelmente melhor naquele tempo. No entanto, o mundo dá voltas, e depois de desistir de recriar um Natal perfeito, outro muito melhor apareceu inesperadamente.
No ano passado fui convidado para a Ceia de Natal na casa de uma família bem humilde. Eu estava resignado em passar na minha casa mesmo, sem fazer nada de especial, sabe… jantar arroz e feijão e depois dormir? Então, esse era o meu plano. Porém, como meu pai e irmão iriam eu resolvi ir também. E, acredite se quiser, foi o melhor Natal que tive em muitos anos!
Não havia pessoas bem vestidas, decoração extravagante e uma mesa repleta de comida. Muito pelo contrário, os convidados usavam roupas comuns, mas estavam à vontade; a decoração da casa se limitava à famigerada árvore de Natal, mas que media apenas 30cm; e a Ceia era “apenas” um arroz com farofa e carne assada.
Todos os convidados – aproximadamente 10 pessoas – reuniram-se na sala para conversar, e por não haver cadeira suficiente tive que me sentar no braço de uma poltrona. Quando o relógio marcou próximo da meia-noite fomos para a rua assistir os fogos de artifícios e dividir duas champanhes baratas. E, após as felicitações de “Feliz Natal”, voltamos para dentro da casa onde alguém puxou um violão e começamos uma cantoria animada noite afora.
Contei toda essa história para ilustrar o ponto onde desejar chegar: O Natal é o que você faz dele!
Tenho consciência de que não existe um monopólio da verdade sobre o tema. E o que estou tentando dizer aqui reflete apenas a minha humilde opinião, mas gostaria muito que você leitor refletisse alguns segundos sobre o que é o Natal antes de você prosseguir com a leitura […].
Eu descobri que o Natal pode ser qualquer coisa que eu queira fazer dele. Pode ser uma oportunidade de comunhão com Deus, ou uma festa animada com a galera. Pode ser um esplendoroso evento social, ou uma despretensiosa noite com seus familiares mais próximos.
Enfim, não superestime o Natal de maneira que ele precise ser exatamente como as outras pessoas acham que deva ser. Você – e qualquer pessoa no mundo – tem o poder de fazer o melhor Natal de todos! Basta apenas que você descubra o que realmente é importante para você, por que o Natal não é apenas uma data, mas o que você faz dele.
Não preciso escrever muito, pois os nossos pensamentos se cruzam e quase sempre chegamos na mesma maneira de pensar…e isso que é o verdadeiro Natal e Ano Novo, fazer o que te faz bem…afinal, não existe Ano Novo se você não mudar, fazer novos planos…renovar as energia para um novo começo