Saúde: Narguilé não é inofensivo

Como profissional de saúde e membro do Programa de Controle do Tabagismo de Águas de Lindóia (que é um programa do governo no qual recebemos pessoas que desejam parar de fumar, gratuitamente, pelo SUS), hoje venho somar forças ao Ministério da Saúde e ao INCA em sua nova campanha, que se destina a esclarecer a população sobre o uso do narguilé. Para quem não sabe o que é, transcrevo a definição de narguilé que está no site do INCA: 

“O narguilé, também é conhecido como cachimbo d’ água ou shisha ou Hookah – é um dispositivo para fumar no qual o tabaco é aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Por utilizar mecanismos de filtragem, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. Mas, na verdade, seu uso é mais prejudicial do que o de cigarros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros”
Narguilé não é inofensivo


Nós, profissionais da saúde envolvidos na luta contra o tabagismo, vemos com preocupação o grande número de jovens que se aventuram a fumar o narguilé porque pensam que é inofensivo, principalmente porque tem um cheiro e até um gostinho bom. Mas o uso do narguilé pode causar, entre outros problemas, câncer, aterosclerose, distúrbios cardiovasculares, etc, e, além disso, aumenta o risco de transmissão de doenças infecto contagiosas, como a hepatite C (ao passar o narguilé de boca em boca).
Por isso faço esse alerta a todos: o narguilé não é inofensivo
Este artigo foi escrito por Júnior Gonçalves e apareceu primeiro em http://www.neuronio20.com

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