Mesmo sem saber ao certo qual seria a sua utilidade, há exatamente cinco anos eu me aventurava na internet procurando uma forma para criar este blog. É claro que não fazia a mínima ideia de aonde chegaria com este projeto, mas, olhando para o sinuoso caminho que percorri, estou muitíssimo satisfeito com o que aprendi e conquistei com ele.
Imaginava que quando houvesse tantas velinhas assim no bolo de aniversário do blog, eu estaria eufórico e realizando grandes promoções. Não que eu não esteja feliz com isso, muito pelo contrário, tenho muito a comemorar graças ao trabalho que iniciei aqui. No entanto, tenho que confessar que estou focado nos caminhos que devo tomar a partir de hoje em outras áreas da minha vida.
Recentemente algumas coisas aparentemente não relacionadas começaram a sugerir que eu não era mais o mesmo e que deveria trilhar caminhos diferentes em minha vida. Não estou dizendo que devemos tomar atitude precipitdas quando isso acontece, mas, quando elas ocorrem, é que vemos algo que estava diante de nossos olhos e não conseguíamos ver. Geralmente, quando isso acontece, temos o péssimo hábito de resistir em aceitar que algo chegou ao fim e que é a hora de seguirmos em frente passando para um novo ciclo.
Sinais assim começaram a surgir na minha vida há algum tempo e por mais que fechasse os olhos para eles, não houve como ignorá-los quando estava lendo hoje um trecho da biografia do Steve Jobs quando ele, insistindo para que Sculley abandonasse a Pepsi para fazer parte da Apple, disse a seguinte frase:
“Você que passar o resto da vida vendendo água com açúcar ou quer ter a chance de mudar o mundo”
Em toda a sua biografia, ficou claro a razão pela qual Steve Jobs foi um homem brilhante que mudou o mundo em que vivemos. Eu já era seu fã desde quando assisti no Youtube seu discurso em Stanford, mas, agora, lendo sua biografia, fiquei ainda mais admirado com seus feitos na Apple e na Pixar.
Lendo a biografia de Steve Jobs na varanda de casa |
Das coisas que aprendei lendo a biografia de Steve Jobs e também outros blogs que acompanho, é que o maior inimigo do ser humano chama-se zona de conforto. Situação essa em que tanto insistimos em permanecer por que temos medo de navegar pelo desconhecido e conviver com o incomodo da dúvida. Não premeditei isso, mas o quinto aniversário do Neurônio 2.0 marcará uma importante decisão na minha vida que, com certeza, me tirara de uma zona de conforto criada a um certo tempo. Não sei se será a decisão correta, no entanto, só saberei daqui há algum tempo se tomar essa decisão nesse exato momento da minha vida.
O engraçado será que amanhã quando eu anunciar essa decisão, todo mundo pensará ser mentira por ser 1º de abril.
[Atualização – 2015]: Dois anos depois dessa decisão, que era pedir demissão do meu emprego, descobri que fazê-lo foi a coisa mais acertada que fiz naquela época, pois se tivesse permanecido por mais tempo naquele emprego eu teria ficado muito frustado.
[Atualização – 2017]: Está chegando outro momento na minha vida de fazer uma reviravolta em tudo.
Este artigo foi escrito por Júnior Gonçalves e apareceu primeiro em http://www.neuronio20.com