Embora não seja do meu tempo, conheço muito bem a história da hiena Hardy. Aquela hiena pessimista que vivia em lamurias repetindo sua célebre frase: “Oh dia… Oh azar…”. Descrente de qualquer coisa, ela passava o tempo todo reclamando da vida e da sua falta de sorte.
Já tem algum tempo que minha classe na faculdade vive um pouco da hiena Hardy. Certamente que são REAIS alguns problemas dos quais reivindicamos, no entanto, cheguei na conclusão que não posso ficar de braços cruzados esperando a faculdade resolver tais problemas. É por isso que: Cansei, cansei de ser hiena e ficar semestre após semestre reclamando das mesma coisas, dos mesmos problemas e dos mesmos professores. Decidi que em vez de gastar energia com reclamações, vou é buscar minha próprias soluções.
Agradeço ao novo Coordenador de SI que tem se esforçado ao máximo para melhorar o curso, mas algumas coisas aparentemente são impossíveis de ser mudadas, tanto por parte dos professores quanto por parte de nós mesmos, os próprios alunos.
A Educação no Brasil enfrenta uma grave crise que se estende do primário ao ensino superior, há em ALGUNS CASOS um conluio (inconsciente e até mesmo consciente) entre professores que não querem ensinar e alunos que não querem aprender. O elo mais frágil nessa história com certeza é o aluno, que saíra para o mercado de trabalho despreparado, sem subsídios suficiente para exercer a profissão. Isso infelizmente é uma realidade que não se restringe somente a minha classe, o meu curso, a minha faculdade. Minha ex-professora e amiga Dra. Laís Tarrasqui, sempre me fala sobre a quantidade de profissionais da saúde (auxiliares e técnicos de enfermagem) que não sabem nem ao mesmo fazer uma simples regras de três para preparar dosagem de medicação. Deus me livre de adoecer e ficar sobre cuidados de tais profissionais, mas isso já é outra história que poderia ser discutida em outro post.
Há algumas semanas atrás assisti um filme que me deixou emocionado. Hoje quero fazer da emoção a minha fonte de motivação.
Will Smith (diga-se de passagem, um excelente ator) interpretou Chris Gardner em 2006 no Filme “À procura da Felicidade“. Antes de contar sobre a história, gostaria de indicar o filme pra todos e enfatizar que o filme é baseado em uma história real.
Sinopse do Filme: “À Procura da Felicidade”
Chris Gardner é um pai de família que após alguns problemas financeiros perde tudo. Abandonadopela mulher, resta-lhe apenas o amor pelo filho de 5 anos. Procurando por um emprego que lhe devolvesse a dignidade, ele encontra uma oportunidade de estágio, porém o estágio é não-remunerado e a chance de ser contratado ao final de 6 meses era quase que inexistente. Sem ter o que comer, lugar pra morar e um filho para criar, qualquer um em sã consciência não aceitaria o estágio, mas Gardner era um homem obstinado e via no estágio uma chance de vencer na vida. Durante os 6 meses de estágio pai e filho passaram fome, dormiram em abrigos e até na rua. E mesmo diante de tanta adversidade e obstáulos, Gardner não desistiu e foi em frente, passou noites estudando a luz de velas, trabalhou todos os segundos possíveis no estágio, superou o cansaço e ainda (o mais importante) arrumou tempo pra cuidar do seu filho.
Acho que nem preciso dizer como termina a história, não é? Pensando na história de Chris Gardner e quecansei, cansei de ser hienae ficar me queixando e reclamando sobre o que acontece ou deixa de acontecer na faculdade. Ninguém precisa esperar a faculdade ensinar uma coisa que se pode aprender por conta própria, na internet tem muito conteúdo sobre tudo e um um monte de pessoas dispostas a ajudar, basta apenas saber aonde encontrar.
Descobri que nenhuma faculdade vai me ensinar informática do modo que tenho que aprender, um profissional seja ele de qualquer área é formado 40% dentro da faculdade e os outros 60% são em estudos, pesquisas e estágios FORA da faculdade. EU e minha classe precisamos entender que ninguém aprende nada por osmose e que a mudança DEVE começar de dentro pra fora, ou seja, como posso reclamar de um professor que não preparou bem a aula se nem ao menos estudei o que ele disse na aula passada? Evidentemente que é difícil conciliar e se dedicar ao estudo e ao trabalho, mas como disse um vez Roberto Shinyashiki, “Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.”
Este artigo foi escrito por Júnior Gonçalves e apareceu primeiro em http://www.neuronio20.com
Infelizmente Elisangela essa é a realidade no nosso curso. (paciencia né!?…)
Obrigado novamente pelos comentários, eles dão "vida" ao blog.
Abraços
Muito bem observado José!!! há algum tempo cai na real sobre isto… concordo contigo em gênero, número e grau!
parabéns pelo blog e obrigada por partilhar suas idéias e conhecimento conosco!
gde abraço!
Elisangela