Dê início posso dizer que o termo hacker é usado pela grande maioria das pessoas de forma equivocada, inclusive eu, no parágrafo anterior. Veremos mais adiante que os hackers não têm nada haver com os temidos “piratas da internet”.
Originalmente, o termo hacker designava qualquer pessoa que fosse muito boa em uma determinada tarefa, por exemplo: minha mãe é uma hacker em cozinhar, o que quer dizer que ela é uma ótima cozinheira. Graças ao cinema americano o termo hacker acabou sendo usado unicamente para designar pessoas muito boas em informática.
Os “hackers” são pessoas que possuem avançados conhecimentos na área de tecnologia e informática. Geralmente são de classe média e alta, com idade entre 13 e 28 anos com alta capacidade mental e pouca atividade social. Seu estereotipo é de jovens que passam a noite procurando formas de invadir computadores e criar programas maliciosos com o intuito de violar ilegalmente sistemas computacionais.
O que pouca gente sabe é que os verdadeiros hackers não invadem ou criam vírus, quem faz esse tipo de coisa tem um outro nome, são os Cracker. A seguir veja a principal diferença entre os dois:
Hacker – Utiliza os seus conhecimentos na exploração e detecção de erros. A atitude típica de um hacker quando encontra falha de segurança é a de entrar em contato com os responsáveis pelo sistema.
Cracker – Geralmente são de perfil abusivo ou rebelde, são especializados em invasões maliciosas e silenciosas. Com habilidades e conhecimentos que lhe permitem entrar e sair de um sistema de alta segurança sem serem percebidos.
Podemos assumir também que hacker é aquele que vasculha sistemas à procura de erros por simples prazer em fazê-lo, e é graças aos hackers que as falhas de vários sistemas são descobertas e divulgadas para que possam ser corrigidas. E do outro lado estão os cracker, que usam seus conhecimentos para prejudicar pessoas e empresas. São realmente criminosos de má fé, que roubam e invadem sistemas exclusivamente para roubar e destruir tudo o que for possível.
Hackers são contratados por empresas para proteger seus sistemas contra o ataque de crackers. Esta talvez seja a melhor forma de diferenciar os dois tipos.
Kevin David Mitnick é o cracker mais famoso do mundo. Depois de meses de uma intensa “caçada digital“, ele só foi pego por que teve a audácia de invadir o computador usado pelo hacker contratado pelo governo americano para caçá-lo. Os danos financeiros causados por ele foram incalculáveis. Ele foi julgado e condenado por fraudes no sistema de telefonia, roubo de informações empresariais e invasão de sistemas governamentais. Preso em uma clínica de recuperação de drogados, ele foi proibido de manter contato com qualquer equipamento eletrônico.
Depois de cumprir sua pena, Mitnick foi solto e hoje possui uma empresa de consultoria em segurança digital, faz palestras pelo mundo inteiro e escreve livros sobre falhas de sistema. Por irônia do destino, ele passou de “caça” a “caçador”.